Nunca um aperto de mão havia durado tanto tempo Nunca um aperto de mão havia durado tanto tempo. Para ele, durou ainda mais, como se algo no interior de seu coração fizesse o tempo se acalmar, e depois, parar completamente, enquanto aquele toque acontecia. Soltaram-se então, com olhos de constrangimento. O clima estava tão doce quanto o bolo esquecido no balcão. Ela continuou:
- Você mora aqui mesmo, no Village?
- Moro. E você?
- Não, não. Minha casa fica do outro lado da cidade, mas eu gosto daqui. Sinto-me tão bem. As pessoas são agradáveis e me inspiram.
- Te inspiram? Como assim?
- A vida aqui parece mais simples. Inspira qualquer um a viver também. Não sei explicar, é o que eu sinto.
- Você não gosta de luxo?
- Gosto, por isso estou aqui.
O garçom estava confuso. Não sabia se Thatyana estava sendo irônica ou se realmente achava tudo aquilo muito agradável. Não havia mal nenhum naquele lugar. Mas ela era rica. Poderia estar tomando café no Sabarsky, ou até mesmo no conforto da própria mansão. Quis questioná-la, mas não disse nada. No mesmo instante em que ia balbuciar uma pergunta, a dona do Baroness Coffe entrou apressada. Chamava-se Ursula, tinha entre 40 e 45 anos, olhos pintados, badaluques no cabelo e um ar de arrogância. Mal viu que ali mesmo, no balcão do seu café, estava uma das modelos mais importantes da atualidade. Não cumprimentou ninguém e antes de entrar em um pequeno escritório que ela mantinha nos fundos do café, fez um sinal para que Dan a acompanhasse.
- Bem, a patroa está me chamando. Tenha um bom dia, Thatyana!
- Obrigada, Dan. Bom dia!
Assim que o garçom virou as costas, Thatyana deu outro gole no suco e acabou deixando o bolo quase intacto no pratinho. Pagou a conta para Vanessa, cumprimentou algumas crianças que ela conhecia de vista, e saiu, deixando para trás dezenas de olhares de admiração e inveja. Parou um táxi e voltou para casa. No caminho, não podia esquecer o rosto do garçom do Baroness Coffe. Havia nele algo diferente dos outros rapazes. Seu olhar não era de malicia ou desejo. Sentia que era ternura, carinho, respeito. E como era bonito. Tinha os olhos grandes, sorriso espontâneo, despertava sentimentos... Era inevitável. Durante todo o percurso, ela não viu as meninas de uniforme indo para a escola, não viu a fumaça dos carros invadindo a avenida e tampouco escutou o que dizia o taxista que a levava para casa. A única imagem que conseguia enxergar era a de Dan. E a única voz que seus ouvidos atendiam, era a voz de Dan. O garçom curioso do Greenwich Village.
(Continua)
10 de nov. de 2008
Café da Manhã - segunda parte
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11 comentários:
T[ah ficando cada veez melhor, aodrrei seus comentário Brina, mais acho que é o seu blog que tem o poder de nos transportar para a situação.
adoreeei. de verdade.
=D.
beeijos
aah , ja ia esqucendo.
Te add no orkut ^^.
me add lá.
oOps : *Tá - *adorei - * Bruna.
maaaus =S.
Valeu a visita Bruna. Se aproveitou pra provar o disco ali postado, fechô! Pacote completo. Banda nova, rara, super cool... Enfim, perfeita pra adotar pra si e apresentar pros amigos.
Gostei da sua observação "quanta informação numa postagem só". Sabe q não tinha atinado pra isso? Só espero q não tenhas achado confuso.
Vai valer o escrito "gostei muito".
Bjo!
Agpra q li. Dizer o Q? Boa sorte, Dan.
adoruu olhar seu blog,devido seus textos,parece que agnt vive cada situaçao!!
bju
passa la no meu ta atualizado
ai e você melhora a cada texto :)
te amo bru :*
Continue...continue... está ficando muito bom.
uuuui, to sentindo cheiro de romance no aar!
*.*
que fofo o Dan!
aaai, to adorando, não para não vai!
^^
Nossa, adorei o texto. MAs deixa eu perguntar... você gosta de gossip girl né.? Porque eu lembrei na mesma hora quando li. MAs ficou muito bom, adorei. (:
Beeijos
continua *-* muito bom :)
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