11 de jan. de 2008

Para alguém que nem eu sei...

Meus olhos não encontram a convicção.
E eu por um bom tempo , vou trocar a ignorância
pelos meus pés no chão outra vez.
Não existem tantas saídas assim.
É difícil acreditar que nem sempre fui tão frágil.
O mundo continua lamentando...
Mas a vida é tão justa.
As pessoas é que não são!
Então porque esperar um bom motivo?
Eu esvaziei a mente enquanto não podia fazer
as coisas que eu sempre quis...
Isso foi real.
Já meus planos , não foram tão concretos.
E nada do que o destino planejou , me trouxe
paz quando eu não estava feliz.
O meu coração ainda pode bater...
Mas está tudo revirado.
E em quantos estilhaços eu pisei?
Tudo tão surreal...
Como os planos , os sonhos , os ventos soprados
ao meu favor , minhas altas recomendações...
Tudo em vão...
Em pensar que ainda não encontrei o que eu queria;
Mas tudo bem , eu continuo aqui.
Estou respirando...
Ainda respirando...
E então você pode encontrar o meu caminho agora?
Não é tão raro.
Eu vivi em meio aos caminhos que não me foram
permitidos andar , nem tocar com a ponta dos pés.
Eu quis sentir o que sentiram. Mas sofri sem querer o
que me fizeram sofrer... E então?
Não é só meu o interesse.
Não é raro.
Você nunca ouviu falar em surpresas?
Podia acontecer com qualquer pessoa,
e eu faço parte do mundo.
Você também faz e não estava lá.
Nem sozinho , nem comigo por perto.
Mas não queria estar pior ou melhor.
Só queria que os seus passos fossem mais rápidos.
Não é tão raro , não pode ser impossível...
Não é.
E eu duvido até agora.
Porque minhas duvidas são para mim , o meu otimismo
escondido em meio a tudo na vida.
Mas eu estou aqui. Ainda estou respirando.
Meu coração batendo...
Esperando.
Você também acreditou um dia , não foi?
Você também sentiu que estava errado
e adorou a sensação de estar completamente perdido
nas próprias escolhas?
Ou nas mesmas frustrações e desesperos repetidos...
Você também se revirou nos lençóis molhados de suor, das
noites de janeiro , fevereiro , março e suas chuvas?
Você também já escreveu o que sempre quis ouvir...
Não foi?
Talvez, pensaste!?
Pois e quando nos encontrarmos?
Prometo não falar do mundo que lamenta pela vida.
Nem das pessoas certas , que lamentam umas pelas outras.
Seria justo.
Mas quem disse que sou o que pareço ser?
Eu posso abrir mão por você.
Além...
Posso não ir a lugar algum por mim mesma.
Voltar atrás nas razões.
Nos erros que cometi graças ao orgulho de não ser o
que eu pareço ser...
Então , e quando nos encontrarmos?
Quando eu pisar no chão macio da minha realidade e
não na realidade das outras pessoas que lamentam...
Talvez , quando isso acontecer;

Eu leia tudo isso pra você , amor.

Um comentário:

Dedeh disse...

Caramba, eu na maior deprê, lendo esse post triste e bonito ao mesmo tempo. Quase pulei da ponte! ^^ Tu está mandando muito nos seus posts, guria. Escrevendo super bem!

Beijos! ;*